“Há, ainda” (Luiz Henrique) Há vida, ainda Vi pela fresta da porta: Os pensamentos se voltaram para a vida em outra dimensão Raríssimas prosas cativam Poucas coisas motivam senão a poesia torta em tua inspiração Há desejo, ainda Um pulsar adolescente Típico frenesi da paixão em demasia Faz-se doce veneno Para o sonho pequeno Num solitário, momentâneo e enganoso prazer da fantasia Há amor, ainda Um amor sem medida Que alimentado pela esperança impõe voluntário celibato ao ermitão em cativeiro Uma única certeza Tal a morte para o coveiro: Presos a esse amor estamos ambos Você dentro - encarcerada Eu fora - carcereiro. Há saudade, ainda Freqüente, intensa e indolor Pelo tanto que te amo E pelo que outrora você me amou E tão heroicamente tenho resistido à distância e à tua mudez costumeira que até a dor - íntima e nefasta companheira de mim se cansou .................................................................................... Imagem google Autoria desconhecida Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 15/07/2010
Alterado em 15/07/2010 |