“Nosso trato” (Glória Salles) Fixamos um trato, meu coração e eu... Não nos lambuzarmos em “palavras de mel” Que naufragam os sonhos, em pleno apogeu Num mar de ilações, onde o doce vira fel Não pulsar desesperado por um querer incerto Nem nas grades do desejo deixar-se arrebatar Conhecer seus limites, ir no âmago do afeto Desse elixir suave nunca mais se embebedar Não se deixar levar nas asas de todo vento Pois nadar nas ondas da loucura é tormento E por mais que lhe custe, ver da razão o viés Não respirar emoções, cujo ar não lhe furta Pois sentimento qualquer, é feito coberta curta “Quando a cabeça aquece, congela-nos os pés...” Resposta: “Sentença condenatória” (Luiz Henrique) Pelo que entendi, um trato foi firmado Entre partes capazes: você e o seu coração Fez-se formal e solene o acordo celebrado Mas tome cuidado com a cláusula de rescisão Leia e releia detidamente do ajuste os seus termos Tenho relativa experiência neste gênero contratual O coração é a parte que caminha por lugares ermos E você é a outra, que dele se faz dependente habitual E numa relação de interdependência Qualquer trato é eivado de suspeição É o que diz a lei, doutrina e jurisprudência Portanto jamais acredite na palavra do coração Não se firme nessa promessa vã e ilusória Para não ser alvo de sentença condenatória .............................................. Foto google - Autoria desconhecida. Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 11/06/2010
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