Luiz Henrique

Talvez por teimosia ou puro exercício de fé, ainda acredito na natureza humana ...

Textos


“Trem da vida”
(Luiz Henrique)

E assim segue
O trem e a vida:

Onde, definitivamente, nada é definitivo
A estação final – quem sabe doce lenitivo
É prêmio alvissareiro
Para quem é passageiro
Se pegar o trem que anda ligeiro

E assim segue
O trem e a vida:

Onde a beleza é etérea e sazonal
E o que não mata nem fortalece, faz mal
Tal desviar da morte
Se, quem sabe, tiver a sorte
De entrar no trem que segue a norte

E assim segue
O trem e a vida:

Onde o desencontro é a sala de estar
O encontro implica os grilhões libertar
Adentrar nas armadilhas do amor
Aventurar-se tal incansável viajador
Jamais permanecer no trem parador

E assim segue
O trem e a vida:

Em que os descarrilamentos não têm dia certo ou horário
Em que é impossível conhecer, ao certo, seu destino ou itinerário





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Foto: "Linha do Ouro", de Carla Teixeira
End: http://br.olhares.com/linha_do_douro_foto3024435.html


Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 23/05/2010
Alterado em 23/05/2010


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