“Devolve...”
(Luiz Henrique) Devolve a paz que me tirou com tuas vãs promessas de um amor maior já que nada restou Devolve a luz própria no olhar (que tinha) refletida em lagos como pirilampos e esta era só minha Devolve até mesmo minha antiga dor de tal maneira enrudecida que mais parece desespero ou seja lá o que for Devolve meu desejo de viver, de sentir querer caminhar de mãos dadas, a dois de me fixar, jamais partir Devolve minha tão vital poesia que minguou à tua falta e silêncio tua mentira e hipocrisia Devolve finalmente a minha fé na natureza humana, na crença do amor no coração de uma mulher Só não precisa devolver o que de melhor tinha e te dei intensa e infinitamente: um verdadeiro amor por você Resposta: “Meu coração não mente” (Glória Salles) Minha paz me traiu, quando fez conchavo com a tua. E pelos juramentos compartilhados, peregrinou. Permeou a luz dos teus olhos, assim, crédula e nua. Sorveu todo o calor, que essa paixão despertou. Desejei a cumplicidade implícita em cada gesto Por um tempo, o sonho de ser feliz me alimentou. Cri ser essa fantasia, um acontecimento aresto. Emudeceu a dor, e a solidão insana amenizou. No silencio do meu coração, suas palavras ecoaram. Seu amor reascendeu minha fé, e todo o gelo diluiu. Dessa emoção pura, verdadeira, meus versos falaram. Na pele, esse amor aflorou em loucura e desvario. Mas se por tão pouco minguou, não há o que restituir. O vão alento morava nas entrelinhas, e não pude intuir. .................................................................... Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 01/01/2010
Alterado em 08/01/2010 |