“Do que escrevo” (Glória Salles) Meus escritos são sobre a vida Do movimento deste ciclo intenso. Da história bem ou mal vivida... Do momento raso, e do instante denso. Escrevo quando sinto o beijo da aragem Ou se fustigantes ventos me agitam Do amanhecer, da perfeição desta imagem. Ou se os mais secretos sentimentos gritam Falo da fantasia que alimenta o coração Camuflada nos tópicos da minha realidade Falo das tormentas que entremeiam a emoção E da placidez vagando a minha verdade E é na multidão densa da minha solidão Que deixo o verso expor a nudez do coração. Resposta: “Bem sei” (Luiz Henrique) Se escreves ao carinho sutil da aragem Ou ao arrepio trazido de um frio vento Importa é que expressas com doçura e coragem Um momento que é teu - de alegria ou lamento Seja uma história real ou só fantasia Que impulsiona teus dedos a escrever É porque teus desejos e sonhos são em demasia Que extravasam ao teclado, a não mais se conter O espírito inquieto que te habita e consome Não é diferente do meu, bela e sábia poetisa Atormenta a tua alma, mas alimenta tua fome De uma paixão inquieta, improvável e imprecisa E é na infinitude da tua inspirada imaginação Que te fazes poetisa e expõe vísceras e coração .................................................................................................................... Foto: "A árvore que chora" Luiz Henrique Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 25/11/2009
Alterado em 25/11/2009 |