“Remédio”
(Luiz Henrique)
Era impossível supor
que um dia evitaria
pensar em você
Se fez tamanha a dor
silente, solitária e reprimida
e essa saudade, de tão doída
de certa maneira faz lembrar
por outro, me impõe esquecer
Como é triste e lamentável
um amor tão sublime e puro
entrar repentinamente em extinção
Imaginava-o incomensurável
tomava-o por absolutamente seguro
mas quem há de entender as razões do coração?
Precisava pra sobreviver
de tão pouco alimento
Mas se desfez à mingua
sem tristeza, protesto ou lamento
O verdadeiro amor
se basta a si mesmo
Teu prazer pela aventura
me atingiu a esmo
Pra você talvez tenha sido
um desejo passageiro
Eu, em contrapartida
quis te dar o mundo inteiro
Nunca ousaria imaginar
que um dia pudesse por tédio
cerrar os ouvidos ao nome teu
Nem quão difícil curar
não atino qual seja o remédio
que atenue a ferida do amor meu
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• poesia com registro de autoria
• foto: titularidade desconhecida, copiada do google
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 21/09/2009
Alterado em 06/11/2009