“Inerte” (Luiz Henrique) Há de chegar em breve O permanente descanso, por exaustão Por que dar corda ao coração Se ao amor já não serve A inércia da carcaça Tal qual seixos na estrada sinuosa Será talvez lembrada em verso e prosa Tudo passa, tudo passa Como lago que secou Durante uma noite quente de verão Amanhece inóspito em solidão Pelas palavras que não falou Se ao menos por mais um dia O sol trouxesse em seu raio vida Cicatrizasse por milagre a ferida A boca roxa e gélida diria Já que a morte o chamou: Não do tanto que viveu, Mas do tanto que amou ...
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 09/09/2009
Alterado em 09/09/2009 |