“O Diabo Batizou” (Luiz Henrique) Paixão com punhal, gume e corte Como se fora experiência de sadismo Em escrutínio secreto te elegi meu norte Foste calabouço, masmorra e abismo Tomaste por posse e domínio Meu corpo, alma e pensamento Em dissimulado latrocínio Roubou alegria, vida e tempo Por não saber quem és, não sei quem sou Bebi vinho numa taça que o Diabo batizou Minha identidade foi-se no rumo do vento De resto: apenas meus sonetos de lamento Um saldo indesejado de vida que insiste pulsar E uma contradição doída – a certeza de te perdoar
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 08/09/2009
Alterado em 08/09/2009 |