“Pontuando” (Eritania Brunoro) Nas vírgulas, contemplo o horizonte, O que ainda há por ser dito de ti. Vago nas curvas bem traçadas de cada letra. Me perco nos círculos que vou encontrando. Procuro avistar uma reticências Para largar, em voo livre, meus pensamentos. Por vezes, me choco com uma interrogação, Sem saber de onde você vem ou mesmo quem é. Preferiria avistar uma exclamação, Uma razão para um ousado "deixar-me ir". Imortalizo minh'alma nas paradas, Nas frases, todas para mim, inacabadas, Porém, fadadas por um ponto final. Resposta: “Pontuação” (Luiz Henrique) Nessa tua pontuação vê-se mais dúvida que certeza Há muita interrogação Imprima poetisa, à tua vida, leveza Faça teu vôo livre e talvez mais atrevido Melhor um doído amor a não tê-lo vivido Ouse dar seguimento à vida Vagueie nas curvas sinuosas da paixão Sem pensar em quem sou ou quem és se “o coração é mais sábio que a razão” Despreze a interrogação e, ao revés Adote por padrão as reticências Transforme fantasias em vivências Não fale, ousada ou timidamente em ir Se em verdade não for teu desejo partir Será pro teu bem, não será pro teu mal Iniciarmos um parágrafo, sem ponto final
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 04/09/2009
Alterado em 04/09/2009 |