"Como Borboletas" (Eritania Brunoro) Seguindo os seixos do caminho, Inundo-me nas imagens contempladas. Seja eu quem for, neste momento, Desconheço as essências que me permeiam, As querências que a mim povoam, num intento De torpes sensações e devaneios que semeiam. Estou fugindo do ser que em mim habita, Das armardilhas inventadas pelos sentimentos. Se hoje sou o ser que desejaria, Certamente, que ainda não me descobri. A algum lugar eu sempre me deixaria Alada, como as borboletas que eu vi. Andarilha pelas flores e seus perfumes. Um quê desponta ao longe, no horizonte. Graça de tudo e ao mesmo tempo de nada, Onde o sorriso é apenas a máscara que visto. Esconder a face, que de lágrimas, encharcada, Junto às borboletas, nessas paragens, existo. Resposta: “Meu Jardim” (Luiz Henrique) Os seixos dos teus caminhos Não comprometem a beleza de tuas cores Se num momento deparas espinhos Detenha-se mais tempo na beleza das flores Em nossos poemas voamos sozinhos Por esperarmos o maior amor dos amores Renda-se ao ser que habita em você Neste momento é o que de fato existe e possui Nossa alma inquieta nos leva a tecer A idéia errônea que um grande amor sempre rui Igualmente não sei se sou o que penso ser Já saíste do casulo, se é livre teu vôo, dele usufrui A harmonia que imprime em tua dança Resistindo ao vento, são de rara beleza pra mim Tuas lágrimas polinizam vida, poetisa criança Permeias essências tal como perfume de jasmim Não me basta ter de você saudosa lembrança Andarilha borboleta, voe em direção ao meu jardim
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 26/08/2009
Alterado em 02/09/2009 |