"Olhares"
(Luiz Henrique) Que olhar profundo Tão doce quanto penetrante Acolhedor, indutivo e instigante Será estrada de paz Ou caminho errante? Que olhar convidativo Há nele tanta expressão Onde pousará o brilho Dessa imensa paixão? Que olhar distante Tão cruel e fatal Em geral sugerem o bem Por vezes prenúncio do mal Que olhar enxerido Me perdoe a ousadia Muito sensual à noite E tão inocente de dia Que olhar romântico Fonte de mil fantasias Mesmo ao cético e rude Inspira escrever poesias Que olhar caliente Enseja-me o desejo de nele residir Mas pressinto, é questão de tempo Sua lâmina - como punhal - vai ferir Que olhar de porvir Por piedade peço que me diga Como haverei de resistir Aos teus olhos úmidos e tristes Ora a chorar, ora a sorrir Que um dia parecem chegar Mas com a certeza de um dia partir ...
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 10/06/2009
Alterado em 10/07/2009 |