“Loucura” (Luiz Henrique) Dizem que de médico, poeta e louco Todos nós, de algum modo, temos um pouco Se o ditado é verdadeiro, sei não Mas depois que a conheci, vivo louco de paixão Virei poeta e um tanto vagabundo Meu labor é escrever todo o tempo Como que para proclamar ao mundo Esse infinito, incontido sentimento Sugeriste que meu comportamento É doentio e politicamente incorreto Acho que eu mereço absolvimento Que se publique em breve, Decreto Anistiando a todos os amantes Que sufocam com amor desmedido O sossego que a amada tinhantes De supor que seria compreendido Só agora eu consigo entender O seu jeito e modo de pensar A diferença reside em não querer Só a emoção - sem a razão - no amar Não importa se estou convencido Que a você é que assiste a razão Foi bem melhor eu ter aquiescido Adotando pra vida a sábia lição Se de outro modo devo me comportar Vou aprender a domar essa paixão Peço um tempo para eu poder me curar Acredite, eu não vou estragar tudo não Tenho seguido todos os seus conselhos Buscando ter uma vida própria e ocupada Já não tenho a cabeça aos destrambelhos Fazendo-a da minha dor, sentir-se culpada Outro conselho que estou a seguir É sob o aspecto do ser, ser inteiro De ninguém depender para eu vir A fazer-me feliz, alegre e altaneiro Se ainda tiver alguma paciência E der tempo ao tempo como ensinas Homologue, Doutora, em audiência Por acordo cumprirei as doutrinas Creio amor, que vale a pena, no mais Tentarmos reconstruir o que sobrou Sinto que posso te fazer feliz como jamais Em qualquer tempo foi, se sentiu ou sonhou
Luiz Henrique Noronha
Enviado por Luiz Henrique Noronha em 29/05/2009
Alterado em 09/07/2009 |